Termo proveniente do latim, com o significado de “tábua raspada até o fim” ou “tábua em branco”. Os romanos escreviam em tabuas de madeira encadernados, cobertos por uma camada de cera de abelha que podia ser raspada várias vezes quando se queria apagar o conteúdo, ficando inutil quando a cera se esgotava e voltando a ser funcional quando era preenchido novamente. Daí a origem do conceito filosófico ligado à corrente do empirismo no qual Aristóteles admitia que o espírito humano era, antes de qualquer experiência, inteiramente vazio, ou seja, os seres humanos não contam com idéias inatas, mas todos os pensamentos, idéias e conceitos derivam da experiência. Tal concepção sugere que toda a compreensão do mundo que uma pessoa adquire seria através da experiência sensorial e da interação com o ambiente, com influência das percepções e sensações que ela vivenciou desde o nascimento. Fazer “tabula rasa” de algo significa eliminar para Recomeçar tudo de novo, sem deixar vestígios do que havia antes.
Esta nossa Tábula Rasa nasce da proposta de promover este Recomeço, um fórum multidisciplinar, de conteúdo aberto para a discussão do fenômeno do envelhecimento populacional – a nova pirâmide etária global com uma proporção de Seniores maior que a de Jovens. Pensar que este futuro já chegou e o quanto estamos atrasados nas transformações necessárias para atender esta socieidade com expectativa de vida maior porém despreparada para anos de envelhecimento profissional e funcional. A prioridade é criar uma base de entendimento comum antes de antecipar conclusões incompletas ou falsas, motivando a troca de ideias para compreender e contextualizar o tema, os benefícios para a comunidade, as crenças limitantes e os efeitos colaterais dessa realidade. A Folha em branco do envelhecimento precisa ser preenchida.